Fernando Ulrich recebeu o economista Igor Mundstock em seu quadro U/rich para baterem um papo sobre os principais desafios e oportunidades nos mercados financeiros e na economia global. Dedicar um tempo para assistir a este episódio é uma tarefa obrigatória para todo investidor que pensa em investimentos para o longo prazo. Ulrich e Mundstock conversaram sobre temas que vão desde a insegurança do mercado externo frente a austeridade fiscal do governo brasileiro, ações do governo chinês para retomar a economia e quais as expectativas para o EUA após a eleição de Donald Trump.
Abaixo segue um resumo dos tópicos abordados e "previsões" feitas. Porém, é fortemente recomendado que o conteúdo também seja consumido na íntegra. O vídeo está disponível no canal do Fernando Ulrich e pode ser acessado através do link abaixo.
Informações gerais:
- Canal: Fernando Ulrich
- Vídeo:
- Assunto: Macroeconomia
- Profundidade do tema: 8/10
- Duração: aproximadamente 1h
- Participantes: Fernando Ulrich, Igor Mundstock
Análises macroeconômicas:
Cenário Global e Economia Americana
- No curto prazo, a economia americana deve continuar mostrando resiliência, principalmente devido à força da política fiscal expansionista de estímulos ao consumo, impulsionada na época da pandemia do covid.
- Contudo, apesar da inflação ter retornado a patamares mais baixos e aparentar estar sobre controle, não há como negar os riscos de uma nova onda inflacionária em 2025. Com isso, se o FED começar um corte agressivo na taxa de juros, sua política monetária pode ser prejudicada, levando a uma possível necessidade de aumento a um ritmo acelerado posteriormente, tal qual aconteceu no Brasil.
Impacto das Eleições nos EUA:
- A vitória de Donald Trump trará um cenário de dólar forte e políticas protecionistas, dificultando o desempenho de mercados emergentes e commodities.
- O mercado americano pode continuar se valorizando no curto prazo devido ao otimismo pós-eleitoral, mas há sinais de exaustão no ciclo.
Mercados Emergentes e Brasil
- O Brasil deve enfrentar dificuldades devido à falta de credibilidade fiscal, o que impacta negativamente os ativos locais (bolsa, real e juros).
- O pessimismo do mercado pode abrir oportunidades de longo prazo em ações brasileiras. Uma dessas oportunidades, segundo Igor Mundstock, seriam as ações da Cosan (CSN3) que acumulam queda de 41,21% em 2024.
Commodities e Ativos Globais:
- O cobre continua sendo visto como um indicador de crescimento global e deve se beneficiar no médio e longo prazo, dependendo de estímulos da China.
- Bitcoin e ações especulativas podem ter ganhos de curto prazo em um ambiente de otimismo.
Curva de Juros e Riscos Globais:
- A inversão da curva de juros nos EUA pode sinalizar uma recessão em médio prazo, mas os indicadores de mercado não apontam uma recessão iminente.
- A desaceleração econômica global dependerá da eficácia dos estímulos chineses e das condições financeiras nos EUA.
Comentário do autor
Aqui coloco uma visão geral, tanto dos participantes quanto das análises.